7 mitos e verdades sobre a fertilidade

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Quando falamos de fertilidade, é preciso entender que não existe nenhum milagre, nem mesmo fórmula mágica para tornar a gravidez possível. 

Muitos são os fatores que podem contribuir para a dificuldade de engravidar. E diversas são as possibilidades de intervenção para tentarmos o tão sonhado positivo. Alguns deles são determinantes, como:

  • Boas noites de sono
  • Eliminação de toxinas ambientais
  • Prática de exercícios físicos
  • Fator idade, o que torna necessária a programação da gestação, especialmente para quem planeja uma gravidez tardia
  • Controle do peso e dieta balanceada

Aqui  abaixo listamos as principais dúvidas das nossas alunas e pacientes quando o assunto é fertilidade.

1. Coenzima Q10 aumenta as chances de gravidez

Verdade. Um estudo com 449 mulheres inférteis, indicou que a suplementação de Coenzima Q10 pode aumentar em mais de 2 vezes as chances de gravidez. O número de mulheres que engravidaram foi 28,8% maior entre as que receberam a CoQ10.

2. Abacaxi favorece a implantação do embrião

Mito. Não existe nenhum ensaio clínico randomizado com o uso do  abacaxi fou da bromelina (enzima encontrada principalmente no miolo desta fruta) em pacientes inférteis ou em tratamento para fertilidade.  

O que existe são estudos muito antigos sugerindo um efeito mucolítico da bromelina. Mais recentemente, a bromelina associada a outros antioxidantes, , mostrou-se positiva para o tratamento de cólicas menstruais em mulheres com endometriose. 

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3. É mais difícil engravidar após os 40 anos

Verdade. O pico da idade reprodutiva da mulher acontece entre os 21 e 23 anos. E o processo de envelhecimento é bastante significativo a partir dos 40 anos de idade.

No processo de envelhecimento, existe uma diminuição na produção de antioxidantes do óvulo, o que gera o risco de formação de um embrião não viável, diminuindo as chances de gravidez. Se existem deficiências nutricionais, agrava-se o quadro.

4. Não é possível melhorar o antimulleriano

Mito. Na prática, o que vemos é que através da nutrição, é possível melhorar os níveis do antimulleriano, em boa parte dos casos. 

Acredita-se que  o envelhecimento ovariano seja influenciado por fatores  ambientais, incluindo a nutrição.  A redução da exposição a toxinas ambientais, modulação da inflamação e a correção de deficiências nutricionais podem melhorar o desenvolvimento e o recrutamento folicular, refletindo no aumento deste hormônio.  

5. Alergias alimentares não interferem na fertilidade

Mito. Não se sabe com precisão qual é o gatilho da infertilidade relacionado às alergias. Porém, pacientes alérgicos têm mais citocinas inflamatórias, e as taxas de implantação do embrião nesses pacientes são mais baixas.

6. Geleia real pode prejudicar pacientes em FIV

Verdade. A geléia real pode acelerar o crescimento dos folículos, o que é positivo no tratamento do envelhecimento ovariano. No entanto, saber quando usar é importante. 

O que vemos na prática, apesar da falta de estudos em humanos, é que o uso concomitante da geléia real e das medicações utilizadas durante o ciclo de indução de ovulação, podem fazer com que o médico perca o timing da coleta de  óvulos. 

Por isso, a nossa prática é interromper o uso da geléia real imediatamente antes de começar estas medicações.

7. Para engravidar é preciso ter relações sexuais diariamente

Verdade. Relações sexuais todos os dias ou em dias alternados durante o período fértil estão relacionadas a uma maior taxa de fecundidade, 37% e 33% respectivamente.

Como as taxas são muito parecidas, a frequência deve ser determinada sob o aspecto do que é mais confortável para o casal. Já a abstinência sexual maior do que cinco dias, e especialmente maior que 10 dias,  pode alterar de forma importante os parâmetros do semen.  

E então, alguma dessas dúvidas eram as suas? Caso tenha curiosidade em aprender mais sobre fertilidade e nutrição, saiba que as nossas redes sociais estão recheadas com informação de qualidade. 

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