Gravidez com enxaqueca: quais podem ser os riscos?
A gravidez é uma fase repleta de emoções na vida da mulher, principalmente porque é a realização de um sonho. Porém, muitas delas enfrentam alguns desafios relacionados à saúde, causando diversas preocupações durante a gestação. Entre eles está a enxaqueca, que pode afetar a qualidade de vida da mãe.
Por mais que não seja uma condição tão associada à gravidez, a enxaqueca pode gerar alguns riscos antes e durante a gestação.
Para você entender melhor sobre o assunto, vamos explicar a relação desse tipo de dor de cabeça com a gravidez. Vamos lá? Continue a leitura!
O que é a enxaqueca?
A enxaqueca é uma doença crônica que apresenta dor de cabeça intensa, sendo em um único lado ou em uma região específica da cabeça. Existem casos em que também é possível sentir dores dos dois lados.
Há diferenças entre enxaqueca e dor de cabeça normal. Enquanto a doença crônica possui uma dor latejante, sensibilidade à luz e aos cheiros, a dor de cabeça normal é menos intensa e sem sensibilidades a estímulos.
Além disso, as crises de enxaqueca podem durar por algumas horas e até mesmo dias, podendo prejudicar as atividades diárias de uma pessoa.
Os principais sintomas da enxaqueca
Os sintomas da enxaqueca são:
- Dor de cabeça intensa e latejante em um único lado da cabeça;
- Sensibilidade à luz;
- Sensibilidade aos cheiros;
- Sensibilidade ao som;
- Enjôo;
- Vômitos;
- Irritabilidade;
- Tontura;
- Fadiga;
- Visão embaçada.
Os riscos da gravidez com enxaqueca
Durante a gravidez, muitas mulheres passam por alterações hormonais significativas, o que pode causar enxaqueca logo no primeiro trimestre de gestação. Isso acontece devido às alterações nos níveis de estrogênio, resultando em dores de cabeça intensas.
Antes da gestação
Esse tipo de dor pode apresentar alguns riscos antes da gravidez, especialmente em mulheres que apresentam enxaqueca aura, a qual tem o surgimento de pontos luminosos, escuros, embaçamento e linhas em ziguezague no campo visual. Essas características ocorrem antes de iniciar a dor.
Além disso, a enxaqueca aumenta o risco de acidente vascular cerebral (AVC) em mulheres, gerando problemas na gravidez, como pré-eclâmpsia — aumento da pressão arterial durante a gestação.
Durante a gestação
Como comentamos anteriormente, enxaqueca pode surgir durante os três primeiros meses da gravidez. Nesse caso, é importante ter um acompanhamento médico para buscar formas de amenizar os sintomas e não causar grandes complicações para sua vida e a do bebê.
Após a gestação
A enxaqueca também pode surgir após o nascimento do bebê. Mesmo sendo poucos casos, algumas mulheres correm o risco de precisar interromper a amamentação devido às crises de dores intensas na cabeça. Dessa forma, afeta a qualidade de vida da mãe e, consequentemente, do bebê.
Como prevenir a enxaqueca na gravidez
A prevenção e o tratamento vai depender da intensidade da dor e também da frequência durante a gestação. Porém, é um momento mais delicado, especialmente quando o assunto é utilizar medicamentos para tratar as crises. Isso porque, durante a gravidez, deve-se ter cuidado com os remédios ingeridos, pois podem causar alguns riscos ao feto.
Por outro lado, existem ótimas opções de tratamento para aliviar os sintomas, sendo que alguns deles são:
- Priorizar os hábitos saudáveis: garantir uma alimentação balanceada, fazer exercícios físicos de baixo impacto e regular a rotina de sono;
- Acupuntura: é uma das melhores técnicas para ajudar a reduzir a frequência e intensidade das crises de enxaqueca, sem utilizar medicamentos;
- Meditação: excelente forma para relaxar e controlar a respiração, os quais são importantes para a prevenção e alívio das dores;
- Terapia cognitivo-comportamental: às vezes surgem diversas preocupações durante a gravidez, por isso é interessante buscar uma forma para controlar os seus pensamentos e comportamentos, a fim de diminuir as crises de enxaqueca;
- Medicamentos: existem medicamentos seguros, que podem ser usados durante a gestação. Converse com o seu médico sobre essa possibilidade.
A enxaqueca é um problema que atinge uma parcela das mulheres grávidas. Por mais que não haja cura para a doença, é possível fazer diversos tratamentos para aliviar os sintomas e reduzir os riscos associados durante a gestação.
De qualquer forma, é importante que você consulte um médico em casos de sintomas mais intensos e tenha um acompanhamento durante a gestação.
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