Hipotireoidismo e infertilidade: entenda a relação entre esses diagnósticos!

A tireoide é uma glândula localizada no pescoço que atua na produção de dois hormônios reguladores do metabolismo humano: T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). Quando ocorre uma uma disfunção da tireoide, consequentemente, surgem impactos na fisiologia reprodutiva, especialmente nas mulheres, afetando o processo de gravidez. E é nesse cenário que surge a relação entre hipotireoidismo e infertilidade.

O hipotireoidismo é um distúrbio hormonal que atinge milhares de mulheres em todo o mundo. Quando ocorre a baixa ou a ausência de produção de hormônios pode causar infertilidade feminina. 

Para você entender mais sobre o assunto, a Nutrição e Fertilidade preparou este conteúdo completo sobre hipotireoidismo e infertilidade e a importância de você, profissional da nutrição, indicar uma alimentação adequada para sua paciente após o diagnóstico. Veja a seguir!

O que é hipotireoidismo?

O hipotireoidismo é uma deficiência que ocorre na tireoide e caracteriza-se pela diminuição ou interrupção na produção dos hormônios T3 e T4. Esses hormônios são responsáveis por várias funções no organismo, atuando nos ciclos menstruais, saúde do coração, funcionamento do intestino e alterações do humor.

Também conhecida como tireoide hipoativa, essa condição pode atingir qualquer pessoa já com idade reprodutiva, porém é mais frequente em mulheres acima de 35 anos.

Nesse sentido, quando uma mulher apresenta hipotireoidismo, os hormônios de estrogênio e progesterona são impactados. Assim, ela pode deixar de ovular adequadamente e ter a alteração do ciclo menstrual, causando a infertilidade.

Quais os sintomas do hipotireoidismo?

Um dos principais fatores associados ao hipotireoidismo é a tireoidite de Hashimoto, a qual é uma doença autoimune em que o próprio organismo realiza a produção de anticorpos que atacam a tireoide. As mulheres que apresentam a autoimunidade tireoidiana tem um risco maior de aborto no primeiro trimestre e menor taxa de fertilidade.

Além disso, alguns sintomas que ocorrem no corpo humano feminino são:

  • Cansaço;
  • Ciclo menstrual desregulado;
  • Fraqueza muscular;
  • Sonolência;
  • Reflexos e pensamentos lentos;
  • Diminuição de batimentos cardíacos;
  • Irritabilidade;
  • Perda da libido;
  • Falta de memória;
  • Infertilidade.

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Qual é a relação entre o hipotireoidismo e infertilidade?

Os hormônios tireoidianos são fundamentais para todas as fases do desenvolvimento oocitário, da implantação e do desenvolvimento do feto nas fases iniciais. 

Quando ocorre o hipotrireoidismo em uma mulher, há alterações no desenvolvimento e maturação dos folículos (responsáveis pela liberação dos óvulos) e também na implantação do embrião no útero.

Nesse sentido, o hipotireoidismo e infertilidade andam lado a lado, sendo que a doença pode oferecer riscos já na fase de gravidez, como aborto por repetição, parto prematuro e pré-eclâmpsia. 

Como acontece o diagnóstico da doença?

O diagnóstico do hipotireoidismo deve ser feito através de um médico endocrinologista ou ginecologista, os quais indicam a realização de exames de sangue para avaliação dos níveis hormonais no organismo da mulher. 

Vale lembrar que, além disso, o nutricionista também consegue auxiliar na avaliação dos nutrientes que possam prejudicar o funcionamento da tireoide. 

Qual o nível de TSH para engravidar?

O TSH é o hormônio estimulante, produzido na glândula hipófise, e tem a função de estimular a produção do T3 e T4. Para que uma mulher consiga engravidar, é essencial apresentar um nível de TSH adequado.

Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, uma gestante deve apresentar os seguintes parâmetros de TSH: de 0,8 a 2,5 mcUI/mL.

Esse tópico é extremamente importante que toda paciente e nutricionista tenha ciência, pois apresenta uma relação de hipotireoidismo e infertilidade.

Tratamento para o hipotireoidismo

Primeiramente, é fundamental entender que o perfeito funcionamento da glândula tireóide depende de alguns nutrientes, como ferro, zinco, selênio e iodo, além das vitaminas A e D e também do aminoácido tirosina. O magnésio, a vitamina B12, o ácido fólico e a coenzima Q10 também estão envolvidos no metabolismo tireoidiano, mas de forma secundária.

Nesse caso, a nutrição tem um papel essencial no combate do distúrbio da tireoide, pois contribui ativamente na regularização e produção dos hormônios de forma equilibrada.

O seu papel, nutricionista, é criar um plano alimentar balanceado que contenha alimentos ricos desses nutrientes citados anteriormente. 

Outro método de tratamento, indicado para pacientes com hipotireoidismo, é a utilização de medicamentos hormonais, para obter o controle desejado.. 

Viu como a tireoide tem um papel importante para a gravidez? 

O combate de seu distúrbio ajuda a minimizar os efeitos do hipotireoidismo e da infertilidade. Para isso, é essencial que a paciente faça o diagnóstico correto e um tratamento eficaz com endócrino ou ginecologista e nutricionista. 

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